COMUNICAÇÃO FISIOTERAPEUTA-PACIENTE/LIBRAS

1Laís Milena Gomes Rocha 2 Sabrina Glins Pereira 3Roberta Abreu de Oliveira Balieiro 4Júlia Maria Freire Duarte 5Anna Marly de Castro Izel 6 Douglas Silva Ataíde

1 . Discente finalista do curso de Fisioterapia do centro universitário-FAMETRO
2 . Discente finalista do curso de Fisioterapia do centro universitário-FAMETRO
3 . Discente finalista do curso de Fisioterapia do centro universitário-FAMETRO
4 . Discente finalista do curso de Fisioterapia do centro universitário-FAMETRO
5 . Discente finalista do curso de Fisioterapia do centro universitário-FAMETRO
6 . Docente e orientador do curso de Fisioterapia de centro universitário-FAMETRO


RESUMO

As dificuldades de comunicação entre pacientes surdos e profissionais da saúde é um fator constantemente presente nos hospitais, UBS, clínicas e entre outros, a diminuição dessas barreiras demanda uma formação inclusiva e integral do profissional de saúde para torna-lo apto ao atendimento de todos os indivíduos que necessitarem de cuidados. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo quantificar e enfatizar quanto a importância da LIBRAS na fisioterapia. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa e controle das variáveis do tipo descritivo realizado através de um questionário, realizado com professores e preceptores que atuam como fisioterapeutas situado na FAMETRO, prevalência de fisioterapeutas aptos ao atendimento através de sinais, a importância da Acessibilidade, e ainda, a prevalência de profissionais aptos a atender pacientes surdos. Resultados: A prevalência de profissionais aptos a atender pacientes surdos é um problema presente na fisioterapia e esta é uma causa que precisa ser abraçada por instituições, profissionais e até mesmo a comunidade, principalmente por esta ser um caso de inclusão às pessoas surdas que necessitam de um tratamento eficiente humanizado e capacitado. Conclusão: Se faz de extrema importância especializa-se em LIBRAS mesmo após a formação; para uma qualificação de fato inclusiva. Através deste estudo se observa a necessidade de empenho de instituições, profissionais e todos os órgãos responsáveis pela formação dos futuros fisioterapeutas em tornar o atendimento fisioterapêutico uno, inclusivo e humanizado a comunidade surda.

Palavras – chave: Fisioterapia, Atendimento, Inclusão.

ABSTRACT

Communication difficulties between deaf patients and health professionals is a factor constantly present in hospitals, UBS, clinics and among others, the reduction of these barriers demands an inclusive and comprehensive training of health professionals to make them able to attend all patients. individuals in need of care. Objective: The present study aimed to quantify and emphasize the importance of LIBRAS in physical therapy. Methodology: Qualitative study and control of descriptive variables carried out through a questionnaire, carried out with teachers and preceptors who work as physiotherapists located at FAMETRO, prevalence of physiotherapists able to attend through signs, the importance of Accessibility, and yet, the prevalence of professionals able to assist deaf patients. Results: The prevalence of professionals able to assist deaf patients is a problem present in physiotherapy and this is a cause that needs to be embraced by institutions, professionals and even the community, mainly because this is a case of inclusion for deaf people who need assistance. efficient humanized and trained treatment. Conclusion: If it is extremely important, it specializes in LIBRAS even after training; for a truly inclusive qualification. Through this study, there is a need for the commitment of institutions, professionals and all the bodies responsible for the training of future physiotherapists to make physical therapy care one, inclusive and humanized to the deaf community.

Keywords: Physiotheraphy, Attendance, Inclusion.

INTRODUÇÃO

De acordo com Oliveira, Celino e Costa (2015), as dificuldades de comunicação entre pacientes surdos e profissionais da saúde é um fator constantemente presente nos hospitais, UBS, clínicas e entre outros, a diminuição dessas barreiras demanda uma formação inclusiva e integral do profissional de saúde para torna-lo apto ao atendimento de todos os indivíduos que necessitarem de cuidados, porém, o que se encontra perceptível na formação dos profissionais de saúde em geral este fator não é explorado, principalmente em respeito à formação no atendimento à saúde da pessoa com deficiência.

Segundo Luz (2018), há um número extenso de casos e relatos de negligência e descaso a saúde da pessoa surda, fatores como diagnósticos errados, que viraram motivos de piadas em atendimentos de saúde, surdos que pagam consulta mas necessitam o acompanhamento de intérprete e muitas vezes esse intérprete é levado pelo próprio paciente.

Tal fato se dá porque o deficiente auditivo necessita de cuidado especial, para a inclusão social, no sentido de dar a eles o necessário para que fiquem em condições igualitárias com qualquer pessoa e não sejam prejudicados em nenhum momento, e isso se dá através do uso de recursos necessários para acabar com as barreiras no processo de atendimento e acesso à saúde respeitando todos seus direitos, através da cidadania (HAMZE, 2010).

Na área da saúde a comunicação do profissional com o paciente representa a principal maneira de criar vínculos com o paciente e familiares. Para que haja uma eficaz comunicação entre profissionais da saúde e surdo é necessário tomar medidas cabíveis para facilitar a linguagem, pois não deve haver barreiras físicas, econômicas e sociais impostas pelo ambiente ao indivíduo que tem deficiência (CHICON; SOARES, 2013).

É necessário que os profissionais da Saúde, principalmente aqueles participantes da Atenção Básica e da Saúde da Família apresentem capacitação para se comunicarem de forma eficaz com tais pacientes (TEDESCO; JUNGES, 2013).

Dessa forma, para que possam proporcionar ao surdo um atendimento fisioterapêutico mais inclusivo, humanizado e especializado, capaz de atender as necessidades individuais de cada um como também a família, se fez necessário nessa pesquisa analisar e relatar a importância da LIBRAS na Fisioterapia. Além de contribuir com informação a classe fisioterapêutica bem como aos profissionais da área de saúde.

METODOLOGIA

Este estudo é transversal de origem qualitativa e controle das variáveis do tipo estatístico. A pesquisa consiste em um levantamento de dados realizado através de um questionário contendo 5 questões voltadas para a importância da LIBRAS na fisioterapia, o rendimento na capacitação do profissional fisioterapeuta quanto a carga horária de LIBRAS oferecida no período de formação em fisioterapia e a aptidão em atender um paciente surdo através da língua de sinais lançado na plataforma do GOOGLE FORMS realizados com profissionais fisioterapeutas atuante no Centro Universitário de Manaus– CEUNIFAMETRO.

Os critérios de inclusão neste estudo consistem em: professores e preceptores do curso de fisioterapia da CEUNIFAMETRO, professores e preceptores que atuam como fisioterapeutas a mais de um ano. Os critérios de exclusão neste estudo consistem em: estudantes de fisioterapia, professores e preceptores de outras áreas da saúde e fisioterapeutas com pendência no CREFITO.

Os dados coletados serão analisados conforme os parâmetros visados dentro do questionário estabelecido aos fisioterapeutas. São eles: A LIBRAS no curso de Fisioterapia, prevalência de fisioterapeutas aptos ao atendimento através da LIBRAS; importância da Acessibilidade de LIBRAS na área de Fisioterapia.

O resultado da análise será demonstrado através de 1 tabela indicando e demonstrando seu índice, conforme e de acordo com as respostas dos fisioterapeutas no que diz respeito da importância da LIBRAS na formação dos fisioterapeutas, como também a sua suficiência quanto a carga horária disponibilizada para uma formação mais completa.

RESULTADOS

De acordo com a tabela a seguir, diante dos resultados obtidos, através do questionário proposto e, realizado com os profissionais fisioterapeutas da CEUNIFAMETRO, enfatizando não somente a importância da LIBRAS na formação dos fisioterapeutas como também a sua suficiência quanto a carga horária disponibilizada para uma formação mais complexa, abrangente e complementar para a formação e capacitação profissional, e ainda trazendo uma melhora no atendimento e o tornando como condutas diferenciadas aos pacientes com tais dificuldades auditivas.

TABELA 1: Resultado do questionário realizado na plataforma do GOOGLE FORMS com os professores preceptores fisioterapeutas da FAMETRO.

PERGUNTASIMNÃO
1) A LIBRAS é importante para a formação em fisioterapia?100%0%
2) Preparar o futuro profissional fisioterapeuta para o atendimento inclusivo ao paciente surdo é dever da Instituição?91%9%
3) Você acha a carga horária suficiente?80%20%
4) Você como Fisioterapeuta se considera apto a atender o paciente que se comunica através da linguagem brasileira de sinais?100%0%
5) Mesmo após a formação acadêmica do fisioterapeuta é importante que o mesmo procure especializar-se em LIBRAS?100%0%
Autor: Rocha, 2020.

Conforme a primeira pergunta, ilustrada na tabela, todas as respostas dos profissionais fisioterapeutas foram unânimes ao serem questionados quanto a importância da LIBRAS na formação em fisioterapia, enfatizando que a Língua Brasileira de Sinais tem a necessidade de fazer parte do ciclo de formação do futuro 5 profissional fisioterapeuta, para uma atuação completa e inclusiva para pacientes surdos, tendo por si a finalidade de um atendimento eficaz.

Na segunda questão, observa-se que dez dentre os onze profissionais fisioterapeutas acreditam que a preparação do futuro fisioterapeuta para o atendimento inclusivo é dever da instituição, pois é na formação acadêmica que o futuro profissional de fisioterapia desenvolverá conhecimentos que o capacitará para exercer a sua profissão da melhor forma e disto se faz jus a capacitação em LIBRAS também, abrangendo as formas inclusivas e humanizadas de atendimento.

Apenas um dos profissionais entrevistados acreditam que este não um dever da instituição e sim do próprio estudante de fisioterapia procurar meios de especializar-se em LIBRAS para promover um atendimento satisfatório aos pacientes surdos.

Conforme a terceira questão ilustrada na tabela, ao serem questionados se a carga horária da disciplina de LIBRAS era suficiente para capacitar o futuro profissional fisioterapeuta para o atendimento através da Língua Brasileira de Sinais 80% dos Fisioterapeutas responderam que não, ou seja, seria necessário que a instituição incluísse a LIBRAS de forma obrigatória nos cursos direcionados a saúde e principalmente no curso de fisioterapia.

Além de incluir a LIBRAS de forma obrigatória no curso de fisioterapia, se faz de extrema importância expandir as formas de capacitação desta, propondo uma formação mais completa com sua perspectiva voltada para um atendimento eficaz, humanizado e sem qualquer dificuldade tanto para o profissional fisioterapeuta quanto para o paciente surdo, bem como seus familiares.

Observamos que 20% dos profissionais fisioterapeutas acreditam que a carga horária da disciplina de LIBRAS é suficiente para capacitar o futuro profissional fisioterapeuta para o atendimento ao paciente surdo, pois acreditam que nesta disciplina os profissionais adquirem conhecimentos que o levarão a compreender o paciente surdo durante o atendimento, podendo atender todas as necessidades de tratamento deste, sem que ocorra dificuldades durante o atendimento.

Conforme a quarta pergunta ilustrada na tabela, novamente observamos unanimidade no índice ao questionar se os profissionais fisioterapeutas sentem-se aptos atender o paciente que se comunica através da linguagem de sinais e conforme a ilustração, 100% dos fisioterapeutas afirmam não estarem aptos, ou seja, podemos 6 observar que há a prevalência de profissionais fisioterapeutas aptos a atender pacientes surdos.

A prevalência de profissionais aptos a atender pacientes surdos tem sido um problema constante e presente na fisioterapia e, esta é uma causa que precisa ser observada e abraçada por instituições de ensinos, profissionais de saúde e afins, até mesmo para comunidade, principalmente por esta ser um caso de inclusão às pessoas surdas que necessitam de um tratamento eficiente humanizado e capacitado.

A quinta pergunta ilustrada também na tabela mostra que 100% dos profissionais fisioterapeutas acreditam que mesmo após a formação do profissional em fisioterapia é importante que este profissional procure especializar-se em LIBRAS, pois esta também é uma forma de expandir o atendimento para pacientes surdos. Contudo esta também é uma outra forma de diminuir a prevalência de profissionais aptos ao atendimento ao paciente surdo tendo em vista que o atendimento inclusivo à saúde seja nas diferentes áreas inclusive na fisioterapia é um direito que necessita ser exercido.

DISCUSSÃO

Conforme o resultados, observamos que todos os profissionais de fisioterapia acreditam que a LIBRAS de fato deveria ser inclusa de forma obrigatória no curso de fisioterapia e que a especialização na língua de sinais é um dever da instituição, mas o que observamos segundo o guia da Carreira (2019), as disciplinas base do curso são voltadas para: anatomia, biologia, saúde pública e fisiologia, além de outras disciplinas como: pediatria, neurologia e pneumologia, no entanto, conforme a grade curricular de fisioterapia de cada universidade, a disciplina de LIBRAS é ofertada de forma optativa.

O grupo de profissionais de assistência à saúde deve apresentar uma capacitação para o atendimento de pacientes surdos. O conhecer LIBRAS é de fundamental importância para todos os profissionais da saúde, uma vez que deveria ser componente curricular obrigatório na graduação profissional. Nota-se neste estudo que a maioria tem interesse em aprender essa linguagem. (RAMOS e ALMEIDA, 2017).

Segundo Oliveira et al; (2012), na tentativa de atender às demandas das pessoas com deficiência auditiva, o Estado sancionou a Lei nº 10.436/2002, que reconhece a Libras como sistema linguístico da comunidade surda brasileira (Brasil, 2002c), e o Decreto nº 5.626/2005 que estabeleceu a libras como disciplina obrigatória na grade curricular nos cursos de formação de professores para a atuação em magistério e em cursos de níveis superior bem como o curso de fisioterapia.

No Brasil é precária a acessibilidade de sujeitos com deficiência aos serviços básicos. A pessoa com surdez apresenta maior dificuldade de interação com a sociedade e impedimentos de acesso à saúde; enfrentam entraves, pois os serviços de saúde não possuem profissionais capacitados para um atendimento correto e de qualidade com uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), (FRANÇA et al, 2013).

No curso de fisioterapia, mesmo a LIBRAS sendo incluída como uma disciplina obrigatória a carga horária é insuficiente para capacitar o futuro profissional para o atendimento inclusivo e humanizado a pessoa surda, na visão da maioria dos profissionais entrevistados, o que de fato caracteriza a ideia de França (2013). Conforme a autora, torna-se também necessário que a acessibilidade através da Língua Brasileira de Sinais esteja disponível em todos os lugares principalmente no atendimento em prontos socorros, UBS, clínicas de fisioterapia e hospitais.

A utilização em território brasileiro está regulamentada pela Lei 10.436, de 24 de abril de 2002 citado por Aragão et al (2015) no trabalho “Um estudo da validade de conteúdo de sinais, sintomas e doenças/ agravos em saúde expressos em LIBRAS”, em que o artigo 2º recomenda ao poder público e às empresas concessionárias de serviços públicos apoio ao uso e difusão da LIBRAS. E no artigo 3º estabelece que as empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento à pessoa com surdez, de acordo com as normas vigentes.

Amaral et al (2012) defende que os portadores de deficiência auditiva, tem direitos à saúde que são assegurados pela Constituição Federal (CF) de 1998. A Lei Orgânica de Saúde (Lei 8.080/90), firma os princípios importantes do SUS, junto com Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060, de 5 de junho de 2002 objetiva: propiciar atenção integral à saúde da pessoa com deficiência, promoção e qualidade de vida, prevenção de deficiências, atenção integral à saúde, melhoria dos mecanismos de informação, capacitação de recursos humanos e a organização e funcionamento dos serviços.

Por mais que os surdos possuam o direito à saúde, observamos uma negligência muito grande de profissionais de saúde despreparados para atender um paciente surdo seja nas clínicas de fisioterapia quanto nas demais áreas da saúde, Dias e Coutinho (2017), revelam que em um estudo sobre os desafios da prática do acolhimento de surdos na atenção primária em um Centro de Saúde do Rio de Janeiro, durante as entrevistas, ficou evidente que os profissionais de saúde se sentem desconfortáveis ao atender pessoas surdas.

Segundo Ramos e Almeida (2017), os profissionais precisam ser qualificados para realizarem um atendimento qualificado e sem nenhum tipo de exclusão, incluindo pacientes surdos, valorizando o cidadão e sua integração sociocultural. As dificuldades enfrentadas por profissionais da área da saúde ocorrem por inúmeros fatores como: a falta de qualificação e capacitação através da Língua Brasileira de Sinais, a má interpretação através da leitura labial efetuada tanto por profissionais de saúde quanto pacientes surdos, aspectos que tornam a comunicação não acessível tão pouco inclusa para deficientes auditivos.

Brasil (2002), citado por Valente, Amoedo e Nascimento (2017) no trabalho “A acessibilidade do surdo nas unidades básicas de saúde na cidade de Parintins, Amazonas”, assegura que acessibilidade ao surdo lhe seja estabelecida pela língua materna, a LIBRAS, então é justificável quando o surdo relata que sua comunicação se torna difícil quando os serviços de atenção básica não lhes oferecem um intérprete, que é seu direito.

Não obstante de outros setores, o uso da comunicação através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais na área da saúde, é essencial para se prestar uma assistência de qualidade, uma vez que envolve além dos seus aspectos intrínsecos, a escuta de forma humanizadora, não apenas com o objetivo de repassar informações para um entendimento conceitual, mas atingindo a subjetividade dos indivíduos (VIANA, TAVARES,TÔLEDO, 2019).

Segundo Aragão et al. (2015) mesmo que a LIBRAS seja uma língua usada pela comunidade surda para se comunicar com ouvintes, muitos ouvintes enfrentam dificuldades ao se comunicar com o deficiente auditivo, diante a isto, os ouvintes implementam suas estratégias de dialogo procurando estabelecer uma comunicação mais clara e compreensiva através da língua de sinais, são eles: leitura labial, escrita e auxílio de familiares e aplicativos.

Os relatos de deficientes auditivos abrange problemas simples até os mais complexos, como: o surdo ser encaminhamento ao lugar ou ao médico errado; o surdo foi puncionado e não era necessário; o deficiente auditivo possuía alergia tentou explicar ao profissional, mas o mesmo não entendeu e aplicou o medicamento; os demais problemas são lamentos por não conseguirem ler os lábios dos profissionais que usavam barbas, as letras não eram legíveis, e mais uma vez não conseguiram comunicar-se por terem dificuldade com o português, e profissionais que não sabiam ou não dominavam a LIBRAS. (ANDRADE e LESSA, 2016).

CONCLUSÃO

Através da realização e conclusão deste estudo, foi possível observar que a LIBRAS na área da fisioterapia como também em todas as áreas da saúde, atualmente ainda se tem uma menor visibilidade e compreensão do que deveria realmente deveria ocorrer. Por este motivo muitos profissionais da saúde principalmente fisioterapeutas apresentam dificuldades no atendimento ao surdo, afirmando haver a prevalência de profissionais fisioterapeutas aptos ao atendimento ao surdo.

Diante ao fator de prevalência e na precisão de um atendimento uno, inclusivo, humanizado e capacitado a atender as necessidades de pacientes surdos, a LIBRAS possui a necessidade de ser implementada de forma obrigatória no curso de fisioterapia e de fato em todos os cursos voltados para a saúde.

Observamos que este é um trabalho que requer empenho não só das instituições mas, dos profissionais fisioterapeutas atuantes do ramo em, mesmo após a formação buscar meios de capacitação em LIBRAS promovendo o atendimento eficiente para a comunidade surda, pois a saúde é um direito e dever de todos principalmente no que diz respeito a saúde inclusiva, viabilizando melhores perspectivas de vida para pacientes surdos.

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